15 marcos do ativismo empresarial

9 de dezembro de 2019

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15 marcos do ativismo empresarial - Ideia Sustentável

Ativismo empresarial foi o tema da edição de 2019 do CEO com Propósito. A PLV reuniu 12 lideranças corporativas para falar sobre o assunto, mas não é de hoje que líderes e empresas têm levantado bandeiras e defendido causas para além dos negócios.

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Abaixo, em ordem cronológica, exemplos de ativismo empresarial que marcaram a História:

1972 – Honestidade Desconfortável

Alpinista renomado, surfista e ecologista, Yvon Chouinard cria a Patagonia, empresa norte-americana especializada em roupas esportivas. Em uma de suas primeiras ações, ele teve a ideia de estimular o consumo consciente de suas peças usando uma polêmica etiqueta com a seguinte frase: “Você realmente precisa disto?”

1976 – A Cultura Hippie e o Lucro Ético

A inglesa Anita Roddick funda, no Reino Unido, a sua The Body Shop, especializada em cosméticos. Ativista de direitos humanos, ela rapidamente se destaca pregando ideias como as de “lucro ético”, contribuição para a “formação do espírito humano” e atuação com elevado “senso de comunidade”. Foi recebida como uma hippie excêntrica.

1989 – Sorvete Engajado

Fundada em 1978, em Burlington, Vermont, nos Estados Unidos, pelos amigos Ben Cohen e Jerry Greenfield, a Ben & Jerry’s já era suficientemente conhecida quando assumiu pela primeira vez uma bandeira de interesse público: contra o hormônio para crescimento bovino e seus impactos negativos na agricultura familiar. Daí por diante, empunhou bandeiras como o combate ao racismo e à homofobia, pela educação e os direitos civis, tornando-se um ícone de empresa engajada no mundo.

1998 – Fazendo a Coisa Certa

Fábio Barbosa assume a presidência do Banco Real. Dois anos depois, começa a empunhar uma bandeira pessoal pela construção de empresas mais éticas e mais sensíveis aos impactos ambientais e sociais. Em poucos anos, tornou-se um ícone global da defesa de negócios mais sustentáveis.

2000 – O Gênio Indignado

Depois de deixar a presidência da Microsoft, Bill Gates e sua mulher, Melinda Gates, criam em Seattle, Washington, nos Estados Unidos, a Fundação que leva os seus nomes. Emblemático e genial executivo, Gates passa a se dedicar a causas humanitárias, como a distribuição de vacinas pelo mundo e a criação de um vaso sanitário inteligente que independe de rede de esgotos.

2000 – Pela Amazônia em Pé

Guilherme Leal, Pedro Passos e Luiz Seabra, fundadores da Natura, capitaneiam o lançamento da linha Ekos, projeto disruptivo no setor de cosméticos que assumia um compromisso de preservação dos ativos da biodiversidade da Amazônia. Com essa nova linha de produtos, a empresa passa a operar um novo modelo de negócio, mais sustentável, baseado em parcerias com as comunidades para realizar ações de impacto socioambiental na região.

2006 – Alternativa B

Após venderem uma rede de artigos esportivos nos Estados Unidos, Jay Coen Gilbert, Bart Houlahan e Andrew Kassoy, iniciaram o movimento que resultaria na criação do Sistema B – um selo que distingue empresas com impacto positivo, que cumprem metas sociais, ambientais e de transparência.

2006 – Militância mais do que Convincente

Ex-candidato à presidência dos Estados Unidos, Al Gore cria uma palestra, escreve um livro e vira personagem de um filme – Uma Verdade Inconveniente – e se transforma no primeiro militante global a pedir uma ação imediata de empresas e governos para interromper os efeitos danosos das mudanças climáticas sobre o meio ambiente.

2009 – Contra o Aquecimento Global

Ao assumir a presidência global da Unilever, o holandês Paul Polman passa a ser um dos mais ativos porta-vozes mundiais da inserção da sustentabilidade nos negócios, incluindo, entre suas causas, a questão das mudanças climáticas. Em 2019, ao deixar o comando da empresa, juntou-se com outros dois líderes, Valerie Keller e Jeff Seabright, para criar uma organização denominada Imagine, cuja missão é erradicar a pobreza e a desigualdade e impedir as mudanças climáticas descontroladas.

2011 – Líderes que inspiram Líderes

Percebendo que algumas empresas avançavam mais rapidamente que outras nas questões de sustentabilidade no Brasil, o especialista Ricardo Voltolini começa a investigar os diferenciais das companhias mais céleres. Entre diversas variáveis identificadas, uma era comum a todas elas: a presença de um líder pessoalmente engajado em promover uma nova maneira de fazer negócios, com ética, transparência, respeito à diversidade e cuidado com o meio ambiente. Voltolini registrou as histórias desses executivos no livro Conversas com Líderes Sustentáveis e eles se engajaram na Plataforma Liderança com Valores, um movimento de storytelling no qual compartilham suas crenças e trajetórias e, por meio do registro e divulgação online desses conteúdos, contribuem com a formação de novos líderes com valores pelo país. Em oito anos, a Plataforma integrou mais de 160 CEOs e executivos de grandes empresas no Brasil e seus vídeos já foram vistos por mais de 5 milhões de pessoas.

2015 – Em defesa dos Direitos LGBTI+

Tim Cook, CEO da Apple, é o primeiro executivo a se opor a uma lei do Estado de Indiana que permite a comerciantes e prestadores de serviços se recusarem a atender clientes gays. Sob a tese da “liberdade religiosa”, a lei confere ao proprietário de um restaurante o direito de se negar a fornecer serviços a um casal gay, por exemplo, por se sentir ofendido em sua crença religiosa.

2017 – Em favor da inclusão racial

Ex-CEO da Bayer no Brasil, Theo van der Loo transformou-se no mais importante defensor da inclusão de profissionais negros nas empresas ao fazer um desabafo em seu LinkedIn, denunciando o preconceito racial sofrido por um amigo em situação de entrevista de emprego. A postagem alcançou milhões de pessoas em todo o mundo. Theo tornou-se um ativista respeitado dessa causa.

2017 – Desafiando Trump

Executivo negro, Kenneth Frazier, CEO da Merck, impôs uma primeira derrota política a Donald Trump ao ser o primeiro a deixar o conselho de líderes empresariais do novo presidente norte-americano. Ele tomou essa decisão porque Trump não se manifestou contrariamente às manifestações neonazistas ocorridas em Charlottesville, no estado da Virgínia.

2018 – Negócios com Propósito

Larry Fink, CEO da BlackRock, maior investidora do mundo (US$ 6,5 trilhões em carteira), escreve primeira carta aberta aos clientes e sociedade pregando a importância de que os negócios incorporem questões sociais, ambientais e de governança e tenham um propósito para além do lucro.

2019 – Novas Regras para o Capitalismo

Organização que reúne os CEOs de 181 das principais corporações dos Estados Unidos, a Business Roundtable publica, desde 1978, declarações sobre governança corporativa, nas quais defende a geração de valor para o acionista como a responsabilidade social e a missão de uma empresa. Mas, em agosto de 2019, tudo mudou, com a divulgação do novo propósito desse grupo, cujas organizações integrantes somam juntas mais de 15 milhões de funcionários e faturamento anual de US$ 7 trilhões. A partir de agora, a missão de uma empresa consiste em: entregar serviços ou produtos de valor aos clientes, investir na formação dos funcionários e recompensá-los de maneira justa, estabelecer relações éticas e transparentes com fornecedores, desenvolver comunidades do entorno e gerar resultados de longo prazo para acionistas.

Dica de leitura: Em tempo de CEOs ativistas, desafios socioambientais representam causas, por Ricardo Voltolini

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