Inovação para um futuro sustentável

Inovação para um futuro sustentável

Inovação como catalisadora de um futuro sustentável

Por Ralph Schweens

Hoje não há como pensar em crescimento e expansão dos negócios sem considerar as necessidades atuais e futuras da sociedade. Consumimos mais do que a terra pode regenerar. Para o nosso nível atual de consumo precisaríamos de um planeta e meio. Caso a China tivesse o mesmo estilo de vida dos EUA seriam necessários três planetas. Além disso, a população estimada para 2050 é de nove bilhões de pessoas.

Nesse contexto, a química aparece como uma aliada no esforço de construção de um futuro mais sustentável. A química está presente no dia a dia das pessoas, melhorando a qualidade de vida da população, a alimentação e a nutrição, assim como o ambiente e o clima. Na BASF, produzimos tecnologia para setores que estão relacionados aos desafios da sociedade, criando, por exemplo, alternativas para aumentar a produção de alimentos ou desenvolvendo outras formas de geração de energia.

Assim, os desafios da sociedade passaram a ser percebidos como oportunidades de mercado pela empresa e chances únicas de ampliar portfolio e conquistar eficiência, levando em consideração o futuro da humanidade e do planeta. A BASF passou a promover um crescimento orgânico e eficiente, combinando inovação e sustentabilidade na criação de soluções concretas para a população mundial.

Essa correlação entre inovação e desenvolvimento está cada vez mais clara não só para a BASF, mas para outras grandes empresas. Além de contribuir para o crescimento rápido e rentável da receita, executivos que participaram da pesquisa “Inovação Revolucionária”, elaborada pela consultoria PwC, afirmaram que inovar é requisito fundamental para garantir o futuro a longo prazo. Quase metade dos executivos (43%) enxerga o tema como uma necessidade competitiva. Por meio da inovação, as empresas preveem crescer mais de 60% nos próximos cinco anos, alcançando um aumento de mais de US$ 250 bilhões em receitas. Na BASF, até 2020 os produtos inovadores responderão por uma receita global de €30 bilhões.

A inovação é algo que envolve cada vez mais todos os mercados onde a companhia está presente. No ano passado, 73% dos produtos inovadores vieram da Europa e 27% de laboratórios nas Américas e na Ásia. Em 2020 esperamos que 50% da inovação da BASF seja desenvolvida na Europa, 25% nas Américas e 25% na Ásia. A inovação também abrange hoje todas as áreas da empresa e demanda a adoção de abordagens sofisticadas em pesquisa e desenvolvimento, assim como o aperfeiçoamento de modelos de negócios e de sistemas operacionais. Somente em 2013, a BASF investiu € 1,8 bilhão em Pesquisa e Desenvolvimento.

Além disso, a tendência mostra que, cada vez mais, a inovação é resultado da troca de experiências. Dessa forma, acreditamos que a colaboração de parceiros internos e externos tornou-se essencial para os nossos esforços nesta frente. Na BASF, temos um exemplo bem interessante desta abordagem, denominado cocriação. Este é um dos pilares das comemorações dos 150 anos da companhia, que ocorrem em 2015. A iniciativa busca reunir diversos stakeholders, tais como colaboradores, clientes, fornecedores, cientistas, centros de pesquisa, entidades estudantis e governamentais e consumidores, que, em conjunto, descobrem caminhos que agregam valor a todos. São debatidos temas relacionados aos desafios globais nas áreas de energia, alimentação e vida urbana, assim como soluções inovadoras para atender as necessidades da sociedade nesses segmentos. A atuação colaborativa mostra-se estratégica para transformar ideias em produtos. A BASF pretende desenvolver neste ano de comemorações 35 atividades relacionadas à cocriação, sendo que cinco delas ocorrerão no Brasil.

Essa colaboração também faz sentido no âmbito das empresas, já que a inovação nem sempre é uma realidade para todas as corporações. Recentemente, a BASF, com outras companhias, fundou a Associação Brasileira de Biotecnologia Industrial (ABBI), com o objetivo de contribuir para o avanço do marco regulatório da biotecnologia no Brasil e discutir políticas públicas de incentivo às indústrias nesta área.

Este tipo de iniciativa expõe, cada vez mais, a necessidade do diálogo como alavanca para o desenvolvimento. E esse diálogo se faz essencial quando consegue promover o engajamento de outros públicos, que passam a ver a atuação sustentável como fator determinante. E o estímulo à inovação é uma forma de viabilizar essa nova estratégia de negócios, que combina desenvolvimento da empresa com perpetuidade do planeta.

Ralph Schweens é presidente da BASF para a América do Sul.

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