Estudo NEXT – Especial RH – Tendência 8: Atração/Retenção de Talentos

Estudo NEXT – Especial RH – Tendência 8: Atração/Retenção de Talentos

Tendência 8: Atração/Retenção de Talentos

Jovens profissionais estão cada vez mais interessados nas chamadas “carreiras de impacto”. Estão à procura de significado e oportunidade de fazer contribuições positivas para o mundo por meio do seu trabalho

“Os funcionários preferem trabalhar para organizações alinhadas com seus valores. Assim, incorporar a sustentabilidade na ‘marca do empregado’, pode valorizar o recrutamento e aumentar a retenção de talentos, particularmente nos mercados de trabalho competitivos.” Esta é uma das conclusões de um estudo publicado, em 2009, pela organização Indústria do Canadá, que reúne 12 departamentos e agências federais, para promover o desenvolvimento daquele país em vários setores da economia.

Nesta “guerra por talentos”, ser um empregador sustentável vai se tornar cada vez mais um fator de atratividade para os jovens. Ainda segundo o estudo, as pessoas preferem trabalhar para empresas que fazem a diferença, cujos valores corporativos sejam capazes de gerar consciência.  E se afinem com os seus valores pessoais. “As empresas que trabalham para incorporar a sustentabilidade em tudo o que fazem serão os empregadores preferidos no mercado de trabalho de amanhã”, afirma o texto. Elaborado há quase cinco anos, esse estudo foi um dos primeiros a identificar a tendência, hoje muito clara.

Um outro estudo realizado em parceria pela Universidade de Cambridge, o Programa de Negócios e Ambiente do Príncipe de Gales e o Conselho Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD) aponta na mesma direção. “Para se tornarem bem-sucedidas no longo prazo, as organizações precisam abraçar iniciativas de recrutamento e motivação de pessoas capazes de responder e formatar os desafios do futuro. São indivíduos com capacidade de criar vantagem competitiva a partir de oportunidades apresentadas por mudanças de mercado, com o desejo de aprender a partir dos seus clientes, consumidores, fornecedores e colegas. Eles possuem a habilidade de construir e influenciar parcerias duradouras e efetivas”.

Em entrevista à Ideia Sustentável, o pesquisador americano Andrew Savitz concorda com essa tendência. Baseado na pesquisa que realizou para a produção de seu mais recente livro, Talent, Transformation, and the Triple Bottom Line, ele afirma que muitas companhias buscam, ainda na seleção, saber se os candidatos já atuaram como voluntários ou em atividades profissionais ligadas aos resultados de triple bottom line em empregos anteriores. “Algumas pesquisas às quais tive acesso mostram que funcionários com forte senso de propósito tendem a apresentar melhor performance e menos vontade de deixar a empresa”, diz.

Um caso ilustrativo dessa tendência é o da General Electric, especialmente em relação aos seus programas Ecomagination e Healthymagination. Com a redefinição da missão de seus negócios, no final da década passada, a empresa passou a querer “desenvolver soluções para os maiores desafios do mundo”. A nova visão gerou impacto significativo na atração de jovens profissionais: 75% dos candidatos de MBA que procuram a GE o fazem com interesse em trabalhar nesses programas, segundo Beth Comstock, uma das executivas-sênior da empresa. É um percentual que apenas confirma o que prega esta tendência. Embora não haja estudos relevantes específicos no Brasil, o mesmo tem sido observado em algumas empresas “classe A” em sustentabilidade ligadas à Plataforma Liderança Sustentável, como, por exemplo, a Natura, a Whirlpool, a Alcoa e a IBM.

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